Estou cansado desta lida,
Desta vida de labuta,
De manter filhos da puta.
Pago o imposto do trabalho,
Do transporte e rendimento;
Pago-o, se compro um jumento
Pago-o, se esfrego o caralho
Com a ponta de um ramalho
P'ra encher, com tanta luta,
O cú aos filhos da puta.
Pago, aos porcos, conezias,
Prebendas e sinecuras,
Aos paneleiros, loucuras,
Suas taras e manias.
Na mona, todos os dias,
Uma ideia me matuta:
Foder os filhos da puta.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Enamorado
Onde o céu se encosta ao mar
E o dia à tardinha enrubesce,
O sol por aí se deita cansado
Quando a noite vem e escurece.
Aí me encontras enamorado,
Aqui sentado,
Contigo, em devaneio, a sonhar.
E o dia à tardinha enrubesce,
O sol por aí se deita cansado
Quando a noite vem e escurece.
Aí me encontras enamorado,
Aqui sentado,
Contigo, em devaneio, a sonhar.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Sangue e verdade
Porque será fonte de vida, o sangue,
Quando sadio
E tão repugnante, quando langue,
Escorre frio?
Porque a verdade, na realidade,
Tem traços de dualidade.
Quando sadio
E tão repugnante, quando langue,
Escorre frio?
Porque a verdade, na realidade,
Tem traços de dualidade.
domingo, 7 de novembro de 2010
Sábio ignoto
Numa orla, à beira mar,
Num país assaz distante,
Sentado, estava a pensar
Absorto, um sábio errante.
Via o mundo com minúcia,
Destrinçava a natureza
Lançava luz com argúcia
Sobre a sua escureza.
Escreveu doutas palavras
Em tão fina e branca areia.
Cada sulco eram lavras,
Monumentos da ideia.
Alou e segiu avante,
P'ra trás ficou o seu tento
Nas palavras, nesse instante,
Esquecidas pelo tempo.
Num país assaz distante,
Sentado, estava a pensar
Absorto, um sábio errante.
Via o mundo com minúcia,
Destrinçava a natureza
Lançava luz com argúcia
Sobre a sua escureza.
Escreveu doutas palavras
Em tão fina e branca areia.
Cada sulco eram lavras,
Monumentos da ideia.
Alou e segiu avante,
P'ra trás ficou o seu tento
Nas palavras, nesse instante,
Esquecidas pelo tempo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Amor
O amor acorda esta calma que desperta
Tanta sede de vida em mim.
É o sublime sentimento que me liberta
Deixando tudo de ser assim,
Tudo o que outrora era.
Faz-me sentir limpo, dealbado, puro,
Faz-me sentir tão seguro
Num assombro de esplendor
De tão deslumbrante, o amor.
Tanta sede de vida em mim.
É o sublime sentimento que me liberta
Deixando tudo de ser assim,
Tudo o que outrora era.
Faz-me sentir limpo, dealbado, puro,
Faz-me sentir tão seguro
Num assombro de esplendor
De tão deslumbrante, o amor.
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