A velha que está
Sentada, à cancela,
Acena a quem passa,
Sem tempo, por ela.
Homens e mulheres
Vão c'um grão na asa
De casa p'ra faina,
Da faina p'ra casa.
Da terra, o pão,
Ceifam com suor.
Tiram alimento
Do árduo labor.
A velha sentada
Que os vê passar
Também já foi uma
Mó a trabalhar.
Porém a idade
Levou-lhe vigor
E agora, à cancela,
Descansa ao calor.
A velha que está
Sentada à cancela
Por ela todos passam
Ninguém dá por ela.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
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2 comentários:
Excelente poema, Sérgio.
O que é feito de ti? Muito trabalho? E as músicas?
Vejo que já não escreves há algum tempo.
Um abraço
Olá. Quanto às músicas temos trabalhado em algo original mas o tempo, tanto para essa área como para a escrita, não tem sido muito.
Ultimamente tenho dedicado mais tempo à matemática. Contudo, tenho algumas ideias sobre as quais quero escrever uns versos mas vou adiar isso por uns tempos.
Espero que esteja tudo bem por aí.
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