Beleza que é e não se vê,
Se sente sem se saber porquê,
Porque, por onde anda, se esconde
Está, sem sequer estar onde
A pudesse olhar e contemplar.
Astro que por trás do sol brilha
Ténue num firmamento azul de mar,
Criança que se desenvencilha
E tampouco se faz notar
Vivia e era, longe do meu zelo.
Tímido desabrochar matinal
Duma minúscula flor amarela
Que acorda incerta num rosal
Mas que já de si é bela,
Hoje dormia, e reparei nela.
Rio que segue caminho soturno
Por meio de bosques verdejantes
Maravilhosas luzes cintilantes
A reluzir lá bem ao fundo
Iluminou-me de paixão em êxtase.
Pequena e melancólica melodia
Escrita sobre num poema antigo
Singelo madrigal em sinfonia
Apareceu-me, em sonho, por magia
E se deixou ficar comigo.
Sérgio O. Marques
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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