Ó Humanidade,
De andar erecto insolente,
Das espécies déspota prepotente
És a vanglória da vaidade.
Ó Humanidade desumana,
De onde o saber emana,
Esquecido o coração
Conheces os segredos da morte
E causas destruição.
Será triste a tua sorte.
Ó Humanidade insensata,
Revê-te na tua história:
Na guerra não há glória,
No ódio não há perdão.
Não vês que isso te mata?
Ó Humanidade, a arrogância,
Os ditames da ganância
São a tua perdição.
De nada vale supérflua riqueza.
De nada serve o excesso,
A semente da tristeza.
O ser feliz não tem preço.
Ó Humanidade arrogante,
A mestria na tortura
Trilha os trilhos da amargura
Sob solo beligerante.
É o que te faz aviltante.
Ó constrangida Humanidade,
Em ser livre nada és.
És de ti mesma uma escrava
Submissa de lés-a-lés.
Isso assim não leva a nada,
O não creres na liberdade.
Ó ímpia Humanidade
Apregoas a justiça, defendes a alegria
Pois te veste a hipocrisia.
Preferes primar pela discórdia
Esquecendo a misericórdia
Nas sendas do dia-a-dia.
Ó Humanidade
Quão pesado é o fardo
Que te pesa em cada mão:
Discernir o bem do mal
Como forças da natureza
Num equilíbrio natural.
Anseias a Salvação.
Ó Humanidade, ainda há tempo!
Sérgio O. Marques
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