Caminhavam o porco e o cordeiro.
Lado a lado,
Seguiam com passo certeiro.
Dizia o cordeiro animado:
- Hoje o dia correu-me bem
E o trabalho foi de vento em popa!
O porco, com um sorriso forçado
A alindar tão fina roupa
Escondia do pobre o desdém.
É rico mas vive triste.
De mansinho com o punho em riste,
Com ligeiro movimento
Acerta-lhe na nuca um bofetão.
-De onde veio a agressão?
-Foi o vento, meu amigo, foi o vento!
O que depois se passou... não sei,
Não posso acrescentar mais nada.
Sei porém que o porco é rei
No reino da bicharada.
Sérgio O. Marques
terça-feira, 29 de abril de 2008
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