Cheiro-te, flor.
As tuas pétalas ardentes
São rosas que brotam do meu amor
O perfume dos teus lábios quentes.
O teu sorriso aquece
A certeza do meu desejo
De cerúleos miosotes,
Dum doce gosto amargo que não se esquece
Perdido no beijo, o ensejo.
A tua voz em verso
Desenvolta em delicadas gloses
Ao vento, um segredo disperso
Canta em serenas melodias
E só eu as sei ouvir.
Lindos lírios purpúreos
Como lágrimas cristalinas, luzidias,
Singelas gotas de chuva a cair
Suave sobre campos popúleos
Cobrem o chão de cravos e papoulas
Coloridas no teu corpo perfeito.
És ninfa sobre o meu leito
Valerosa, entre guerreiras afoutas
Vindouras duma paz erguida,
Mensageiras do amanhecer.
Dás-me força, dás-me vida
Rejubilas o meu ser.
Sérgio O. Marques
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