Nas mais cavas catacumbas dos confins da Terra,
Muito além do que vista alcança,
Congeminam, senhores, silente guerra,
Tenebrosos inimigos da esperança.
O povo calado, consente, embrutecido
Por hordas de macacos sem açame,
As injúrias de uma sorte imane,
Escravidão de um passado já esquecido.
Roubam a memória, pilham a história
Às gentes já quase sem identidade,
Apregoando as maravilhas da liberdade;
Seu intento: somente poder e glória.
Vestem a fria máscara das fracas leis
Com pele de cobra e coração exangue
Os salvadores, majestosos reis
De mãos sujas a escorrer sangue.
Misturam vis, os ingredientes da loucura,
Num caldeirão sem fundo fervem o mal.
Com um sorriso dissimulado, sem levantar fervura,
Ainda mais deixam cego quem, de si, vê mal.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
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