terça-feira, 3 de maio de 2011

Ser livre

É sentir-se igual em ser diferente,
Aceitar diferenças, sua ciência,
É ter força de quem, clemente,
Encontra abrigo na clemência.

É estar em casa em terra alheia
E correr mundo sempre em casa
É ir mais longe somente em ideia,
Voar tão alto sem ando ou asa.

É, da contenda sentir repulsa,
Adversar a guerra vivendo em paz,
Amar a vida que bate e pulsa.

É, sendo tão fraco, ser o mais forte,
Não temer o tempo, o que ele traz
E com um sorriso, olhar a morte.

1 comentário:

Maria Belém disse...

Parabéns, Sérgio, um belo soneto. Estás a escrever muitíssimo bem e a experimentar outros géneros de poesia.
Um abraço
Júlia