sábado, 2 de fevereiro de 2008

Tudo, nada

Do nada se fez tudo,
Sem udo nem miúdo.
Flui o tudo como lada
E de tudo se faz nada.
O nada a nada sabe
Pois é nada em ser sabor.
Nem tudo no saber cabe,
Quem sabe isso é sabedor.
Enche o nada, o vazio
Replata-se de coisa alguma.
Ao tudo não se abate o brio,
Não lhe falta coisa nenhuma.
Ter tudo em não ser nada
É não ter nada, ser tudo.

Sérgio O. Marques

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