Escuto a calma brisa suave de outono.
Oiço sussurros da erva fria na manhã
Caindo-me o fresco orvalho a meio sono
Na fronte fragrância a laranja e romã.
Escuto porque o dia raia.
Oiço o chilrear dos pardais ladinos
Na árvore que ao fundo baila
Uma dança eloquente de paladinos.
Escuto porque o dia vem.
Oiço o deslizar da madrugada
Lentamente muito além
Seguindo a poente a noite passada.
Comigo fica uma raio de sol
Espreitando a translúcida janela
Corando em várias cores o lençol
Que me cobre em cambraia ou flanela.
Acordo com a alegria de um petiz
Como uma rosa a desabrochar no jardim,
Jardim meu, floral onde sou feliz
Com o pensamento a deleitar-se em mim.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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1 comentário:
Um poema é sempre assim desenha corpos, paisagens, e sentimentos...sem fim!
Bjo
Fatima
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