Penteou para trás o cabelo,
Com pompa de bel galã.
Da ária se lhe aprumava o zelo,
Do joelho ao cotovelo
Na alegria da manhã.
Nas bochechas, o sorriso,
Rasgava-se na tez trigueira
Remexendo, sem juízo,
O sapato preto e liso
Engraxado à maneira.
Bem engomado ia o fato.
Cheiroso e resplandecente,
Trazia um doce palato.
Quando se abeirava da gente
Pavoneava contente:
- Vou tirar o retrato.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O retrato
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