quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Somos diferentes na mesma essência,
No mesmo intento, na mesma carência,
Nos mesmos prantos, nos mesmos risos,
No mesmo desdém, na mesma complacência.
Somos o mesmo no que nos torna vivos.

Somos diferentes no mesmo coração,
Na mesma prece, na mesma oração
Na mesma ânsia, na mesma calma,
No mesmo desânimo e na mesma aspiração.
Somos o mesmo no que nos vai na alma.

Somos diferentes na mesma arte,
Na mesma música e em qualquer parte,
Na mesma filosofia e na mesma ciência.
Com alegria, fazer da paz nosso estandarte
É enaltecer da humanidade a sapiência.

Somos diferentes no mesmo porvir,
No mesmo amor que nos devia unir,
Na mesma igualdade, na mesma liberdade.
Somos o mesmo na virtude que o devir
Designará aos povos, a fraternidade.

4 comentários:

Anónimo disse...

Odeio as tuas coisas

Sérgio O. Marques disse...

Um dia destes pode ser que escreva qualquer coisa sobre a merda e talvez gostes.

Unknown disse...

Sei que estás em mau momento quando falas assim de tua Terra.
Sou brasileira, mas amo o nosso lindo Portugal, com a sua gente inteligente e ordeira.
Salve, salve lindo Portugal... E perdoe o seu filho.

Sérgio O. Marques disse...

Olha Nilza, até me sinto muito bem. Estranho este teu comentário porque bem sei que aí no Brasil são muito habituais as piadinhas redutoras deste nosso paízinho. É como cá nós fazemos com os alentejanos e, se calhar, até são dos portugueses (ou como se costuma dizer por aí: portugas - palavra com sentido depreciativo tal como "conhos" ou "chinocas") mais trabalhadores e capazes.

A realidade custa a muitos e é difícil aceitar. Eu ainda digo que este é um país de estúpidos. No entanto, conheço mesmo muita gente portuguesa que o acha um país de covardes. Talvez seja eu que esteja melhor comigo próprio. A diferença é que não tenho problemas em escrever sobre isso. Ainal, é um país democrático ou dento daquilo que se possa chamar de democracia.

Quanto ao teu comentário, poderias ter escolhido um outro texto meu para isso. Afinal não resisto a escrever sobre este maravilhoso país que parou no século XVI.

Admiro-te num sentido... ficaste indignada com o que escrevi e manifestaste-te apesar de nem sequer seres portuguesa. Quanto à última frase "perdoe o seu filho" suponho que quererias dizer "perdoa o teu irmão". Neste ponto, eu escrevi sobre o país como um colectivo ou povo e não sobre os portugueses cada um em si. Tenho sensatez suficiente para não avaliar pessoas pelo seu nível cultural. Não considero que tenha de haver redenção nem perdão. Apenas mudança e, acima de tudo, uma identidade.