-Um abraço. Despede-se do cão
O burro. - Amanhã, - continua
- Aparece com o teu camião
No fundo da minha rua.
-Fica combinado. - Responde o cão,
Despedindo-se com um aceno.
O burro sai então. O clima ameno
Deixava vontade de passear.
O boi, que ia por ali a passar,
Não tardou em cumprimentar
O burro. - Bom dia! - diz:
-Com um dia como este
Toda a gente anda feliz.
Trauteava alegre como um petiz.
Responde o burro: - tudo é relativo.
-Dizia-o reflectido.
Só existe felicidade
Quando também há tristeza
E essa é uma grande verdade.
É da própria natureza.
O boi, atarantado, expõe seu pensamento:
- Todo o conhecimento
Tem carácter absoluto.
Expunha-se, o boi, resoluto.
Cada qual, com a sua experiência,
Com religião ou com ciência,
Ou até com a própria vivência
Vai calcorreando os intrincados trilhos
Desse imenso infindo campo
Do qual tão pouco se sabe entretanto.
O burro emudecera perplexo
Durante um curto espaço de tempo.
Returque então com contentamento:
Aquilo que se sabe agora
Depende, de alguma maneira
Daquilo que se soube outrora.
O que hoje é certo, amanhã é errado,
O que hoje é erro, amanhã é acertado.
Só há segunda se houver primeira.
O boi não ficara convencido:
- A existência, por si só, é absoluta.
Não se mede relativamente a nada,
Segue indiferente e resoluta.
Escutava o burro apreensivo
Com a resposta estudada.
Prossegue o boi com firmeza:
Se segue para a frente ou para trás
Se vai direita ou anda torta,
Se anda em guerra ou está em paz,
Isso tampouco importa.
O importante é que existe e é.
-Mas isso tudo é relativo...
-Absoluto!
Interrompr o boi que é astuto.
-Relativo!
Diz o burro assertivo.
-Absoluto!
-Relativo!
-Aboluto!
-Acabemos esta conversa,
Pois enjoa e sabe a pouco.
Diz o burro já cansado.
Passemos, então, pela taberna
Para bebermos um copo.
Seguiram ambos de passo apertado
Para o boteco ali ao lado.
Tomaram a melhor decisão,
Tal conversa a ninguém interessa.
Não tem conteúdo, aplicação
Nem nada que se pareça.
Sérgio O. Marques
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Sorri, morena
Ai morena,
Delicada pequena
Sereia vinda do mar
Sorris d'ouro
Esplêndido tesouro
Lá bem no fundo a brilhar.
Mãos de seda fina
Que acaricia,
Mil e uma noites de magia;
Sorri menina.
Sorri que te engrandece.
És candura, terno beijo
És aquele íntimo desejo
Que se guarda e não se esquece.
Sorri, porque tens o mundo para ti,
Sorri, sorri!
Sorri, deixa-me chorar a mim
Deixa-me ser teu pranto.
Sorri, que és rosa, és jasmim
Selvagem, malmequer do campo
Fragrância da liberdade
Cheiro a fresco, a humidade,
Brilho ofusco de verão.
Tens o mundo na mão!
Ai morena,
Chuva amena
Enxugo lágrimas do rosto
Paladar a mosto
Doce como o mel.
Esbelto quadro de aguarela
Pintado numa tela
Delicado diamante sobre papel
Uma pérola da natureza
Que no meio de outras se exalta
De tanta beleza.
Tens aquilo que me falta,
A mim mais do que a ninguém.
Sorri porque te fica bem!
Sérgio O. Marques
Delicada pequena
Sereia vinda do mar
Sorris d'ouro
Esplêndido tesouro
Lá bem no fundo a brilhar.
Mãos de seda fina
Que acaricia,
Mil e uma noites de magia;
Sorri menina.
Sorri que te engrandece.
És candura, terno beijo
És aquele íntimo desejo
Que se guarda e não se esquece.
Sorri, porque tens o mundo para ti,
Sorri, sorri!
Sorri, deixa-me chorar a mim
Deixa-me ser teu pranto.
Sorri, que és rosa, és jasmim
Selvagem, malmequer do campo
Fragrância da liberdade
Cheiro a fresco, a humidade,
Brilho ofusco de verão.
Tens o mundo na mão!
Ai morena,
Chuva amena
Enxugo lágrimas do rosto
Paladar a mosto
Doce como o mel.
Esbelto quadro de aguarela
Pintado numa tela
Delicado diamante sobre papel
Uma pérola da natureza
Que no meio de outras se exalta
De tanta beleza.
Tens aquilo que me falta,
A mim mais do que a ninguém.
Sorri porque te fica bem!
Sérgio O. Marques
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Vem
Vem cá mulher bela
Pois o meu coração por ti clama
Vem cá, anda singela
Vem ver a quem te ama.
Vem ditosa, minha querida
Vem fermosa, minha vida
Encontrar a minha graça.
Vem já, vem ligeira
Vem agora que o tempo passa,
Vai e não volta atrás.
Vem aqui, p'ra minha beira
Abraçar este meu abraço
Que te tanto carinho traz.
Vem, pois tudo por ti faço.
Vem luz que m'alumia
Em cada dia que vai e vem
Vem dar-me voz, vem alegria
Vem e canta comigo também.
Vem mão de flores aos molhos
Vem paixão, vem sem demora
Vem acalmar meus olhos
Pois cada um só por ti chora.
Vem cá linda princesa
Vem graciar-me beleza
Vem fazer-me riso sincero,
Enquanto aguardo, desespero.
Vem fogo, vem calor
Vem candura, vem amor,
Vem comigo voar,
Vem, que te quero amar.
Sérgio O. Marques
Pois o meu coração por ti clama
Vem cá, anda singela
Vem ver a quem te ama.
Vem ditosa, minha querida
Vem fermosa, minha vida
Encontrar a minha graça.
Vem já, vem ligeira
Vem agora que o tempo passa,
Vai e não volta atrás.
Vem aqui, p'ra minha beira
Abraçar este meu abraço
Que te tanto carinho traz.
Vem, pois tudo por ti faço.
Vem luz que m'alumia
Em cada dia que vai e vem
Vem dar-me voz, vem alegria
Vem e canta comigo também.
Vem mão de flores aos molhos
Vem paixão, vem sem demora
Vem acalmar meus olhos
Pois cada um só por ti chora.
Vem cá linda princesa
Vem graciar-me beleza
Vem fazer-me riso sincero,
Enquanto aguardo, desespero.
Vem fogo, vem calor
Vem candura, vem amor,
Vem comigo voar,
Vem, que te quero amar.
Sérgio O. Marques
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Névoa
Eis que se lança de mansinho o véu
Esvoaçado ao vento sobre a cabeça,
Branco como as núvens brancas do céu,
Algodão e farinha que à neve pareça.
As montanhas elevam-se nele enroscadas
Tocando o esplendor, a derradeira liberdade.
Por cima a luz, por baixo brumas enubladas
Encobrindo os ternos segredos da idade.
Nada se enxerga para além dum palmo
De vista. Só quem sobe alto ao fim do monte
Pode sentir a aura num inspirar calmo.
Quem, no sopé, desfalece cansado, olvida.
Só lhe sacia a pura límpida água da fonte,
Um ténue raio de luz, um fio de vida.
Sérgio O. Marques
Esvoaçado ao vento sobre a cabeça,
Branco como as núvens brancas do céu,
Algodão e farinha que à neve pareça.
As montanhas elevam-se nele enroscadas
Tocando o esplendor, a derradeira liberdade.
Por cima a luz, por baixo brumas enubladas
Encobrindo os ternos segredos da idade.
Nada se enxerga para além dum palmo
De vista. Só quem sobe alto ao fim do monte
Pode sentir a aura num inspirar calmo.
Quem, no sopé, desfalece cansado, olvida.
Só lhe sacia a pura límpida água da fonte,
Um ténue raio de luz, um fio de vida.
Sérgio O. Marques
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A selecção na televisão
A selecção
É orgasmo, é orgia
É bacanal, é folia,
É festa, é tesão
Em frente à televisão.
O esférico canta
Nos pés dos marretas,
Chevainos e chianos
Armados em vedetas,
Batendo nas malhas da manta.
Gritam: golo! Golo!
Orgulho nacional:
Cada pancada, cada tolo!
Viva Portugal!
Gritam num berro masturbado
Dum deleite libido
Sucando côcos até ao engasgo,
Sumo seminal.
Soltam um gemido
Lascivo de prazer.
Quando entra, entra a doer!
Ficam pêlos púbicos erectos
Enriçando-se em treliça
A formar ângulos rectos
Ao ver-se a bola na baliza.
Se falha o devasso,
O golo que não vem
E o tempo é escasso
Não cai nada bem...
Erro crasso
Tarda o orgasmo,
Dá-se um marasmo,
Mói e remói o dói-dói
Até ao espasmo.
Então, espuma-se esperma pela boca,
A sorte pouca
E aí é que dói,
O árbitro é que rouba,
Tem pouca roupa.
Dá-se a ejaculação
Com grande precipitação.
Voam perdigotos, como espermatozóides
Megulhados nas trompas
A correr ao desvario.
Quanta desilusão!
Fica tudo de trombas,
E de caras amonóides.
É um arrepio,
Ouve-se o assobio.
Acaba-se a tesão,
O orgasmo, a orgia,
O bacanal e a folia
Em frente à televisão.
Lá vem a selecção.
Traz uma faixa
E um lenço de mão.
Volta a toque de caixa,
Ao som de pianos,
Com um dedo no ânus.
É orgasmo, é orgia
É bacanal, é folia,
É festa, é tesão
Em frente à televisão.
O esférico canta
Nos pés dos marretas,
Chevainos e chianos
Armados em vedetas,
Batendo nas malhas da manta.
Gritam: golo! Golo!
Orgulho nacional:
Cada pancada, cada tolo!
Viva Portugal!
Gritam num berro masturbado
Dum deleite libido
Sucando côcos até ao engasgo,
Sumo seminal.
Soltam um gemido
Lascivo de prazer.
Quando entra, entra a doer!
Ficam pêlos púbicos erectos
Enriçando-se em treliça
A formar ângulos rectos
Ao ver-se a bola na baliza.
Se falha o devasso,
O golo que não vem
E o tempo é escasso
Não cai nada bem...
Erro crasso
Tarda o orgasmo,
Dá-se um marasmo,
Mói e remói o dói-dói
Até ao espasmo.
Então, espuma-se esperma pela boca,
A sorte pouca
E aí é que dói,
O árbitro é que rouba,
Tem pouca roupa.
Dá-se a ejaculação
Com grande precipitação.
Voam perdigotos, como espermatozóides
Megulhados nas trompas
A correr ao desvario.
Quanta desilusão!
Fica tudo de trombas,
E de caras amonóides.
É um arrepio,
Ouve-se o assobio.
Acaba-se a tesão,
O orgasmo, a orgia,
O bacanal e a folia
Em frente à televisão.
Lá vem a selecção.
Traz uma faixa
E um lenço de mão.
Volta a toque de caixa,
Ao som de pianos,
Com um dedo no ânus.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Redacção de uma menina
Eu ontem fui às compras,
Passear e ver as montras
Cheias de coisas tão belas.
Eram colares de brilhantes,
Eram bolas, eram estrelas,
Eram vestidos de gala,
Eram bonecos gigantes
Lindos de perder a fala.
Também estive no mercado,
Com gente por todo o lado
Para comprar mercearias,
Hortaliças, pão às fatias
E ainda uma dúzia de ovos.
Mas o que mais me agradou
Foi o que a minha mãe me comprou,
Um vestido de encantar
E um par de sapatos novos
Que hoje vou estrear
Para estar muito bonita
Quando estiver com o meu pai.
Quero que, quando ele me vir
Assim janota e catita,
Se comece a sorrir
E me abrace com ternura.
Hoje estou feliz!
Sérgio O. Marques
Passear e ver as montras
Cheias de coisas tão belas.
Eram colares de brilhantes,
Eram bolas, eram estrelas,
Eram vestidos de gala,
Eram bonecos gigantes
Lindos de perder a fala.
Também estive no mercado,
Com gente por todo o lado
Para comprar mercearias,
Hortaliças, pão às fatias
E ainda uma dúzia de ovos.
Mas o que mais me agradou
Foi o que a minha mãe me comprou,
Um vestido de encantar
E um par de sapatos novos
Que hoje vou estrear
Para estar muito bonita
Quando estiver com o meu pai.
Quero que, quando ele me vir
Assim janota e catita,
Se comece a sorrir
E me abrace com ternura.
Hoje estou feliz!
Sérgio O. Marques
sábado, 11 de outubro de 2008
Ódio
Podes crer que não te minto
Sobre a dor que se me medra.
O ódio que por ti sinto
Empedernia a dura pedra.
Tal raiva me ferve a fúria
Em nervos de pele rasgada
E unha nela enterrada
Na carne ferida de angústia.
Do teu nome me consumi,
Palavra ruim de execrar.
Podes estar certa que de ti
Não suporto ouvir falar.
Odiar é triste, não é caminho
Em vil tristeza definho.
É preciso coragem para amar,
Ainda mais para perdoar.
Sinto-me perdido e sozinho.
Sérgio O. Marques
Sobre a dor que se me medra.
O ódio que por ti sinto
Empedernia a dura pedra.
Tal raiva me ferve a fúria
Em nervos de pele rasgada
E unha nela enterrada
Na carne ferida de angústia.
Do teu nome me consumi,
Palavra ruim de execrar.
Podes estar certa que de ti
Não suporto ouvir falar.
Odiar é triste, não é caminho
Em vil tristeza definho.
É preciso coragem para amar,
Ainda mais para perdoar.
Sinto-me perdido e sozinho.
Sérgio O. Marques
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Amores de agora
Estes amores que se engalham
Em direitos de sequelas
São cartas que se embaralham
Num baralho cheio delas.
Uns tocam-se outros se beijam
Em abraços de namoro oco
Entre amantes que são e deixam.
Tais paixões sabem a pouco.
Alguns se mostram jactantes
Com conquistas de amores perdidos.
Dão-se voltas mirabolantes:
Acabam-se sempre traídos.
Gabam-se, entre si, cada qual,
Coitarem-se como animais que são.
Não traz nada de fenomenal,
Nisso era mui bom meu cão.
Sérgio O. Marques
Em direitos de sequelas
São cartas que se embaralham
Num baralho cheio delas.
Uns tocam-se outros se beijam
Em abraços de namoro oco
Entre amantes que são e deixam.
Tais paixões sabem a pouco.
Alguns se mostram jactantes
Com conquistas de amores perdidos.
Dão-se voltas mirabolantes:
Acabam-se sempre traídos.
Gabam-se, entre si, cada qual,
Coitarem-se como animais que são.
Não traz nada de fenomenal,
Nisso era mui bom meu cão.
Sérgio O. Marques
sábado, 4 de outubro de 2008
Motor do mundo moderno
Motores e redutores
São ferros enlaçados,
Entre odores entrelaçados
Com transformadores
E cheiro lúbrico quente
Propulsando guindastes,
Martelos-pilões sobre bigornas,
Prensas, tornos dando tornas
(Produtos inúteis e trastes)
Num movimento demente
De cabos em cadernais,
Rodas dentadas frenéticas
De cremalheiras e muito mais,
Até coisas pouco éticas.
Máquinas e vapores
Aceleram a marcha social
De sabores e dissabores,
Auto-estradas sem nexo
Para mover capital:
Merdas que, lá bem no fundo,
Só servem para fazer sexo
No outro lado do mundo.
Cremes e unguentos
Escorrem o corpo de mel
E químicos pestilentos
Para esconder o sol da pele,
E dar cor à palidez,
Cor bronze de metal.
São motores mais uma vez
De sexo e capital.
Acabamos a comer chapa,
Papel de notas em maço:
Alimento, falsa capa,
Motor do fracasso.
É mercado financeiro
Dinheiro a trazer dinheiro atrás,
Sem riqueza fazer dinheiro,
Faz dinheiro que nada faz
Motor do mundo disnexo
Que cura males numa farmácia
E comunica com audácia.
Move tudo e compra sexo.
Sérgio O. Marques
São ferros enlaçados,
Entre odores entrelaçados
Com transformadores
E cheiro lúbrico quente
Propulsando guindastes,
Martelos-pilões sobre bigornas,
Prensas, tornos dando tornas
(Produtos inúteis e trastes)
Num movimento demente
De cabos em cadernais,
Rodas dentadas frenéticas
De cremalheiras e muito mais,
Até coisas pouco éticas.
Máquinas e vapores
Aceleram a marcha social
De sabores e dissabores,
Auto-estradas sem nexo
Para mover capital:
Merdas que, lá bem no fundo,
Só servem para fazer sexo
No outro lado do mundo.
Cremes e unguentos
Escorrem o corpo de mel
E químicos pestilentos
Para esconder o sol da pele,
E dar cor à palidez,
Cor bronze de metal.
São motores mais uma vez
De sexo e capital.
Acabamos a comer chapa,
Papel de notas em maço:
Alimento, falsa capa,
Motor do fracasso.
É mercado financeiro
Dinheiro a trazer dinheiro atrás,
Sem riqueza fazer dinheiro,
Faz dinheiro que nada faz
Motor do mundo disnexo
Que cura males numa farmácia
E comunica com audácia.
Move tudo e compra sexo.
Sérgio O. Marques
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Tu és feio
Não tens lugar no nosso seio.
Não o tens porque tu és feio.
Não és lindo como a Lili,
A Mariana ou a Mimi
Nem sensual como a Ju,
O Ricardo ou a Marilu.
Não fazes rir como o João,
Como o Rui ou como a São
Nem és porreiro como a Rita,
O Eurico ou a Anita.
Não te dás com a Mafalda,
Ela para ti nem fala
Nem o Paulo te suporta,
E ninguém de ti se importa.
A Ana não te quer ver
Nem o Filipe nem a Ester.
Vai ou fica, se quiseres,
Não estaremos onde estiveres.
Ninguém cá gosta de ti,
Tu não tens lugar aqui.
Sérgio O. Marques
Não o tens porque tu és feio.
Não és lindo como a Lili,
A Mariana ou a Mimi
Nem sensual como a Ju,
O Ricardo ou a Marilu.
Não fazes rir como o João,
Como o Rui ou como a São
Nem és porreiro como a Rita,
O Eurico ou a Anita.
Não te dás com a Mafalda,
Ela para ti nem fala
Nem o Paulo te suporta,
E ninguém de ti se importa.
A Ana não te quer ver
Nem o Filipe nem a Ester.
Vai ou fica, se quiseres,
Não estaremos onde estiveres.
Ninguém cá gosta de ti,
Tu não tens lugar aqui.
Sérgio O. Marques
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