quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Amores de agora

Estes amores que se engalham
Em direitos de sequelas
São cartas que se embaralham
Num baralho cheio delas.

Uns tocam-se outros se beijam
Em abraços de namoro oco
Entre amantes que são e deixam.
Tais paixões sabem a pouco.

Alguns se mostram jactantes
Com conquistas de amores perdidos.
Dão-se voltas mirabolantes:
Acabam-se sempre traídos.

Gabam-se, entre si, cada qual,
Coitarem-se como animais que são.
Não traz nada de fenomenal,
Nisso era mui bom meu cão.

Sérgio O. Marques

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