Eis que se lança de mansinho o véu
Esvoaçado ao vento sobre a cabeça,
Branco como as núvens brancas do céu,
Algodão e farinha que à neve pareça.
As montanhas elevam-se nele enroscadas
Tocando o esplendor, a derradeira liberdade.
Por cima a luz, por baixo brumas enubladas
Encobrindo os ternos segredos da idade.
Nada se enxerga para além dum palmo
De vista. Só quem sobe alto ao fim do monte
Pode sentir a aura num inspirar calmo.
Quem, no sopé, desfalece cansado, olvida.
Só lhe sacia a pura límpida água da fonte,
Um ténue raio de luz, um fio de vida.
Sérgio O. Marques
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário