Um barco preso à amarra num cais distante
Dum mundo cinzento d'agua tranquila e vaga
Com cheiro a moliço e sal duma vida errante
Balouça-se na ondulação tão ténue e rara.
Um viandante passeando uma terra desconhecida
Fustigado pelo sol de dia e à noite o escuro
Cerra em si segredos d'ontem, história olvida
Talhada em conchas de basalto tão frio e duro.
A nostálgica chaminé arruinada ao fim do prado
À sombra silvestre de espinhos e vão silêncio
Escuta lamúrias do vento que esvoaça irado.
Torna a si cada pensamento que não entende.
O solitário caminha a olhar o barco e a ruína
Sem conhecer um amor, um amigo, um confidente.
domingo, 12 de julho de 2009
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