sábado, 12 de dezembro de 2009

Injustiça

Monstruosidade imane da sorte inane
Ó vil desgraça,
Ferida que não sara, dor que não passa
Ó fraca morte que mataste o amor
Grito do escuro, das trevas clamor,
Ódio ardente que medra e grassa
Aço pungente que esmaga e amassa
Mão do mal que mois a vida.
Ah! Puderas tu seres esquecida
Puderas tu andares perdida,
Algures esquecida, algures penada.
Ó melancolia entristada,
Dureza da iniquidade
Que cega os olhos ao justo,
Aos homens de boa vontade,
Encarceras a liberdade.
Ó injustiça da justiça de um mundo injusto!

1 comentário:

Fatima disse...

Será melhor sofrer uma injustiça que praticá-la... assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar. Acho que não é a injustiça em si mesmo que nos fere, é o sermos vítimas dela. Nesta vida de pobres imortais temos de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las.

Bjo,

Fatima