sábado, 8 de maio de 2010

Merda coladiça

Ó Frederico
Coisa feia no penico
Ó Acácio
Coisa feia no bacio
Ó Odete
Coisa feia na retrete
Ó Sabina
Coisa feia na latrina
Ó Ferreira
Coisa feia na arrastadeira
Ó Mário
Coisa feia no sanitário
Ó Albano
Coisa feia no cano
Ó Urraca
Coisa feia na cloaca
Ó clara
Coisa feia na estrada
Ó Viriato
Coisa feia no sapato

Coisa feia
Que se pisa, prega e cola
E, quando se prende à sola,
Não há qualquer panaceia
Que a desprende ou descola.
Deixa um aroma que estala
Quando se prega ao sapato
E até mesmo suja o fato
De alguém que anda de gala.
Mesmo quem raspa e quem esfrega
Numa esquina de lancil,
Coisa feia que se prega,
Dificilmente se desprega,
Nem à roda de esmeril;
Coisa feia coladiça,
Coisa feia pegadiça.

Ó Frederico
Toda a gente te queria se fosses rico.
Ó Clara
Toda a gente te queria se fosses rara.
Se fosses ouro
Eras um tesouro.

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