Tu, teu leito moldas serpeando
Onde te deitas a descançar.
Em ti acolhes deplorado pranto
E o vais lançar ao mar.
Segues adiante resoluto
Sem hesitar ou voltar atrás.
Querer eu ser como tu fugaz
E peremptório em meu conduto.
O teu discurso é discorrer
Por entre montes, vales e morros.
Trazes murmúrios de entristecer
De outras preces, de outros choros.
Em ti escrevo confiante
Meus pensamentos, fiel amigo.
Pode ser decerto que a jusante
Alguém os leia se os levares contigo.
De cetim te vestes são e vaidoso
Cor de prata estampa em seda fina
Passas por mim firme e viçoso
Alardeando água cristalina.
A ti pergunto, que bem trajas
De onde vens, para onde vais?
De ti não sabes, livre viajas.
Existes porque és e nada mais.
Sérgio O. Marques
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário