sexta-feira, 27 de junho de 2008

Passa

Passa brando aceno jovial
Cortês. Singelo passa
E quando passa, abraça
Sorrisos de um amor cabal.

Quem quer que passe o ama
O asceta que se faz crer
Cândido que a alma inflama.
Mais puro não podia ser!

Olho, vejo-lhe o veneno.
Olha-me! Sabe que o temo.
Só eu lhe vejo o mal ruim
Mas sou louco por ser assim.

Sérgio O. Marques

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