Inspiração, doce maresia
Agreste e aura matinal,
Aurora boreal ao fim do dia,
Desenho na parede rupestre
Com formas de animal
Provês de mestria o mestre.
Ninfa dos campos verdejantes
Apascentando o manso gado,
Deleite pastoril em fresco prado
Coberto de gotas rutilantes
Do tímido orvalho madrugado
Tinges de ciano o vermelho vivo,
Formas púrpura troncos castanhos
Em tons de cinza amarelo olvido
Nas altas copas de azuis estranhos.
Voas livre pelos céus ardentes,
Viajas errante aos confins da Terra,
Da paz interior à flor da guerra
Sincero riso, conto mordente.
Musa da harmonia sonante
Sais pelos dedos das teclas
Terno beijo dado por mesclas
De vozes num coro espampanante.
És carícia nas cordas duma harpa
Estampada de negro em partitura,
Belo quadro em cores de sã bravura,
Estridente clamor em funda escarpa
Liberto como um pássaro pelos ares.
Sereia nos agitados mares
Ruins e repletos de bravia calma
Tecida nas ondas dum fino manto
Faz gritar do coração a alma,
Vem amainar meu triste pranto
Cantando-o num alegre canto.
Sérgio O. Marques
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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