O homem ali sentado quando aparece
Até parece
Que não se lembra se se esquece.
Vem. E quando vem, ali se senta
E, sentado, já não se lembra
Nem se atenta
Ou sequer se apoquenta
Com o que vai e acontece.
Anda sóbrio,
Quando não ébrio,
Contente,
Quando não triste,
Luta, se não desiste
E se fala, não calado
O homem ali sentado,
Se ébrio, então não sóbrio
Quando fala, não se cala,
Se calado, então não fala.
O homem ali sentado
Se não se fica, é porque vai
Simplesmente sai,
Vai, passeando em qualquer lado.
Só se levanta se se senta
Ou se deita e se se deita
Fica deitado.
Se não sabe, inventa,
Se não inventa é acertado.
Quando alarga, não se estreita,
Se se entorta, não se endireita,
O inveterado vertebrado,
Osso duro de roer,
O homem ali sentado
Bebe um copo em bom beber.
Está sozinho, desacompanhado,
É solteiro, não casado,
O homem ali sentado
Está sedento, se não bebe
E se não come, esfomeado
Se saciado, fica sem sede
E sem fome, enfastiado,
Quando corre, não parado
Se se não liga, desligado
Não se pesa nem se mede,
O homem ali sentado
Ao encosto da parede.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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