sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Anti-namorada

Ela olha-me, enganadora,
Olha, sedutora,
Olhar terno.
Traz no olhar o inferno.
Sei que me não quer
Mas não sei se se lembrar,
Se me mais não querer ver.
Não a quero para amar
Nem tampouco namorar.
Queria-lhe somente amizade.
Pensa que a amo,
Nesse amor que despreza,
Inexistente, na verdade!
E lá vamos num carrocel,
Revolver insano,
Rodopiar natureza,
Tomando sentido de fel.
Agora cansado, desistir,
Abandonar este amor amigo,
Abraçar outro devir
É levar-me comigo
Sem deixar que me siga,
Ser-me sorte, ela, malfadada,
Muito para lá de inimiga
É minha anti-namorada.

Sérgio O. Marques

1 comentário:

DarkViolet disse...

Ai sentimento!
Tu sentimento
não sabes o que fazes,
Precisas do baloiço para madrugar
No inferno das tentações virgens,
um anti-missil:)