segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Senhores da guerra

São tantos homens de gelo
Juízes e carrascos, dum triste degredo
Mensageiros e portadores do vil flagelo
São pedras tão vazias no reino do medo.
Quem por ali fica caído
Um dia fora filho de alguém.
Pois quem ali jaz esquecido
Já tivera uma mãe.

Para um mundo mais belo e melhor
Cheio de paz e alegria
Falta amar, falta amor,
Falta o sol a brilhar em cada dia.
Podemos todos partilhar
Temos tanto para dar
E um riso em cada criança
Traz-nos de novo a esperança.

Há tanto ódio, tanta guerra,
Há tanta morte, tanta fome e tanta miséria
São tão profundas lágrimas, que banham a Terra
Daqueles de quem o sangue alimenta essa fera.
Mas mesmo assim, em cada olhar
Há um raiar da manhã,
Há um sincero acreditar num sorridente amanhã.

É tanta a fome de riqueza,
Essa ganância insana que fere a natureza
São só inúteis leis para fomentar a grandeza
No fim nada mais resta para além da pobreza.
E aí, quem mais nada tem,
Será um homem com sorte
Aquele que tenha mais alguém
Que o afague até à morte.

Sérgio O. Marques

1 comentário:

DarkViolet disse...

Existe assassinos que bebem do poder, esquecem que o mais importante é a felicidade do acolhimento. A solidão progride como um cavalo de fogo