A escura paisagem turva o olhar
D'algo que nunca havia pensado ver.
Os necrófagos, em círculo, a voar
Adivinhando o fogo fátuo a arder
Faziam antever o mórbido desenho
Pintado, rosto hostil da bestialidade.
Um imenso sepulcro extenso, tamanho,
Dava um ar de terror, uma outra realidade
No mundo do medo, da aflição, do desespero.
E ei-la, a fúria da ira, do vil castigo,
O feroz tormento do povo deste pesadelo
Que me atormentará em o levar comigo.
Só o cheiro pútrido, fedor acre enebria
A mente e nauseia o espírito mais forte.
Atónito, rendo-me à repugnância em demaisa
A perder de vista. São os filhos da má sorte
Presos aos braços da morte, maõs da tortura
Que não conhece piedade nem clemência
Somente a pungência do ódio, lança tão dura
A dilacerar o juízo e a criar demência,
Ganância mesquinha do poder a tolher a alma
Deixa tantos corpos putrefactos abandonados
Nesta enorme planície. Sente-se nesta calma
A grande tormenta da floresta dos empalados.
sábado, 11 de abril de 2009
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