És a luz que m'alumia
Resplandecente, um esplendor
És paixão, és melodia,
Cantiga dum trovador.
És lírica em verso escrita,
Soneto onde me perder,
És metáfora em rima rica
Num poema de enlouquecer.
És mélica doçura quente
Que me adoça e acalenta.
És tempero, és nutriente
Da seiva que m'alimenta.
És a fonte que derrama
Água pura que sacia
Este fogo que me inflama
Que me ferve de alegria.
És jasmim, és terna rosa,
Uma flor a desabrochar,
És o sol onde me acho
Perdido no teu olhar.
És a selva, és savana,
Pinheiral negro ao luar
És oásis neste deserto
Onde me deito a descansar.
És musgo verde no chão,
Uma ave que tão alto voa,
És o brado de um trovão
Que ao longe no céu toa.
És montanha, vale e rio,
Ar puro, és brisa agreste,
És o gelo gelado e frio,
Calor com que m'aqueceste.
És o mar bravo e sereno
Oceânico, conto febril
És antídoto, és veneno,
Um jardim em sonhos mil.
És pirâmide do Egipto,
Colosso da Grécia Antiga,
És estrada de granito
Duma aldeia já esquecida.
És marasmo, és espanto
De um velho monumento,
És palácio, és encanto
Das Arábias d'outro tempo.
És, p'ra mim, uma nação,
Outrora Roma, um grande império,
Um sorriso, uma canção
De um menino irrequieto.
És castelo medieval,
Obra de arte renascentista,
Belo fresco num vitral
Pintado por um grande artista.
És riso duma criança
Inocente quando ri.
És manhã da esperança
Da vida que não vivi.
És virtude, és a paz,
Pensamentos geniais,
És amor louco e voraz.
És-me tudo e tudo mais.
sábado, 4 de abril de 2009
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