A forma, cada contorno, caída
Como excelsa arte da natureza
No chão; Contemplação da vida
Carnal suar de soberba beleza
É o teu corpo estendido na areia.
Longe o pensamento seguindo à deriva.
Apenas a forma de ti se faz sereia,
Musa da paixão, razão olvida,
Escultura elevada no fino areal
Pele macia talhada em luzente oiro
Sob a luz do sol, perfeição natural
A luzir coroa de trigo loiro.
Dormes, serenada ao som da brisa,
Serenata encantada do meu clamar.
Cada desejo meu por ti desliza
Como um rio que abraça o mar.
A forma de ti sem razão ou tino,
Apenas o teu corpo no chão deitado
Entoa numa sinfonia em desatino
Ao coração em chamas, inflamado.
sábado, 9 de maio de 2009
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