sexta-feira, 11 de julho de 2008

Espera o destino

Quando já nada te move
E a vida não te sorri,
Crê que o destino pode
Ter primo desígnio para ti.
Vê-lhe as mensagens, cada sinal,
Um cão que aos teus pés se aninha
E te torna assim especial,
Seres alguém que acarinha;
Aquela velhinha esquecida
Que de ti se lembra com saudade,
E foi sorriso na tua vida,
Foi-te alegria em terna idade;
A criança que te observa atentamente
E nem sabes o que quer,
Mas se ri candidamente
Num contágio de entorpecer;
O fim que te foi poupado
E te salvou, mão protectora
Como égide que te serviu de amparo
Pois não seria essa a tua hora;
Quiçá vivas para ajudar,
Trazer abrigo a um indigente,
Quiçá estejas para acompanhar
Aquela velha que te fez contente.
Quiçá seja a tua sina
Um gesto simples de embalar
Em berço de ébano uma menina
Que venha o mundo encantar.
Quem sabe, serás grande
Ou apenas feliz, estares em paz.
Tem esperança, sê preserverante,
Aceita o que o porvir te traz.

Sérgio O. Marques

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