segunda-feira, 7 de julho de 2008

Paixão negada

De sul o vento soprou forte
Em telhado levadio
Levou-te, amor, bem para norte,
Deixou-me o peito vazio.

Sei que não querias sentir
O que o teu coração sente
De nada te serve mentir
Pois o teu olhar não mente.

Sinto o teu pranto silente,
E em silêncio por mim clamas.
Por mim passas indiferente e
Nem assim, amor, me enganas.

Essa espada que me corta
Tem lâmina onde te feres.
A tua dor não me importa,
Não me tens porque não queres.

Sei que a tua boca quer,
De meus lábios, terno beijo
E em mil rosas se perder
Saciada de desejo.

Este é o fogo da paixão
Que nos faz ardor intenso.
É incúria da razão
Nos trazer sofrer imenso.

Cuido em te dizer assim
Desde o dia em que te vi:
Foste feita para mim,
Eu fui feito para ti.

Sérgio O. Marques

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