segunda-feira, 19 de maio de 2008

Suicídio

Desliza pela face em pranto
Uma lágrima cristalina
A tecer esbelto manto.
Traz no peito imensa dor
E na mão uma flor.
Como a chuva, cristalina,
Escorre pelo semblante
Uma lágrima pura e fina
Do mais vivo diamante.
Traz na mão uma flor
Para dar ao seu amor.
Uma lágrima fina e pura
A lembrar tanta amargura.
Queda-se ali e ali vem
Dia a dia, mais ninguém.
Só, se esvai em pleno choro.
Traz na mão uma flor.
Desejava jazer morto
Como jaz o seu amor
Desde o dia aziago.
Traz um punhal afiado
E na mão uma flor
Para dar ao seu amor.
Ali expira ao seu lado,
No peito, o punhal afiado
E na mão uma flor
Bem ao pé do seu amor.

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