segunda-feira, 12 de maio de 2008

Filhos do tempo

Vós, filhos do tempo,
Mansageiros da eternidade
Conhecedores da verdade
Ouvi o meu lamento,
Levai-o para lá da velha torre,
Para lá do monte,
Para onde não mais se chore,
Muito além do horizonte
Muito mais além
Onde não mais haverá ninguém.
Limpai-me, deixai o meu peito vazio
Com o vento do vosso sopro.
Sei que sequer não sou digno
De me deplorar a vós.
Sou ser insignificante
Mas sofro,
Vivo num sofrimento atroz,
Nesta imensa aflição.
Tende de mim compaixão.

Sérgio O. Marques

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